sábado, 10 de março de 2012

A Grande Virada, em estilo Racionais Mc's

Rodrigo, uma vítima das drogas em A grande virada, de Raul Drewernik

Naquela noite eu acordei
Não tinha nada pra fazer em casa
Pensei que era sonho
O pesadelo apenas começava
Aquela fumaça subindo branca
Era o Silvio lá me perguntando
E aí mano cê tá legal?
Cheiro de maconha no ar
Nunca é bom sinal
Dor de cabeça, tontura
Aquele carro cheirava cocaína pura
Naquela rua apedrejada
Cheio de árvores plantadas
Do que adianta você ter o que quer
Muita maconha e cocaína no seu pé
E no piscar de olhos
Você pode ser encontrado
Estirado no chão como um poste derrubado
O que é que eu tô fazendo aqui?
Não quero admitir
Agora é tarde!
Mano, os outros me contaram
Carro por carro que ficou esbagaçado
Mano, foi uma arregaço na marginal
O carro capotou e o Sílvio foi vítima fatal
Que é da zona sul e tal
Sentido ao centro
Uma da manhã lembrei daquele momento
Vários opala encarrilhado
E nós logo atrás
Da primeira placa diplomata
Querendo sair dali naquele instante
Opala seis escuro
Um impacto emocionante
Por um instante tive um mal pressentimento
Mas não liguei, não dei conta, não tava atento.
Mas vocês se liguem, galera!
Porque a droga não é boa e sim miséria
Eu consegui me livrar dela
E hoje ainda estou com sequelas
Superando todas elas
Junto com a Valéria!
Autoria: Jailson, 7ª A2/2012



Leia letra da música A Vítima,de Racionais Mc's em: http://letras.terra.com.br/racionais-mcs/64918/

VIDAS SECAS EM CORDEL

Não queremos, caro expectador,
Deixá-la entediado
Com fato de sofrimento e dor
Que por nós  será contado
É a grande história
Do grande Fabiano e sua sinhá Vitória...

Para a novilha voltar ao curral
Cruzou dois gravetos e rezou
Seguia o rastro do animal
Se não morreu, ele pensou
Sua oração era forte
Entregou-a  à própria sorte

Fabiano seguia em frente
Com sua cachorra Baleia
Saltitando à sua frente
Farejando a areia
Procurando a novilha
Que deixou uma trilha.

Fabiano parou e pensou
Que já havia passado fome
Que de seu só tinha o nome
Ele era um coitado
Que a vida deixou de lado.

Até bicho ele se achava
Tinha orgulho - “Ora essa!”
Enquanto ele matutava
Como aguentava uma vida dessa
Só bicho assim podia
Viver sem moradia.

Da fazenda ele se apossou
E quando o fazendeiro chegou
Imediatamente os expulsou
Mas ele se fez de desentendido
Foi muito precavido
E seu serviço lhe prestou



Tinha um jeito desengonçado
Não sabia nem falar
Preferia ficar calado
E só com os bichos conversar
Nem com os filhos se entendia
Brigava todo dia

A miséria se fazia presente
Sinhá Vitória reclamava
E pra deixá-la contente
De uma cama precisava
Pra Fabiano ela pedia
Aquilo que mais queria

Fabiano se preocupava
Com o destino dos pequenos
Pra vida que os esperava
Que fossem duros, ora menos

Seus filhos estavam à toa
Levando a vida numa boa
Ele só queria ter educação
Saber se comportar
Como seu antigo patrão
A quem passou a admirar
Tendo que se orgulhar
Porque sabia como falar.

 (Uma produção dos alunos da 8ª B do CEMB) 

Itabaiana, dezembro de 2011

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Oficinas de Rádio Escola: uma parceria do CEMB, Grêmio Estudantil e Instituto Recriando

Amanhã, 16, acontecerá a IV Mostra de Conhecimentos do CEMB. O evento é organizado pela equipe diretiva, professores e alunos com o objetivo de realizar uma mostra de várias atividades desenvolvidas pelos alunos nas mais diversas áreas do conhecimento. Os alunos se organizam desde cedo para que o evento seja realmente convidativo e interessante. Um exemplo disso são os alunos da 7ªA do turno vespertino que irão abordar o tema Rádio Escola na perspectiva de quem produz uma programação radiofônica.

O trabalho dos alunos da 7ª A é resultante de uma parceria do CEMB, Grêmio Estudantil e Instituto Recriando que ofereceu a esses alunos dois dias inteiros de oficinas sobre rádio escola.

As oficinas foram ministradas em dois momentos diferentes - 29/11 e 07/12 - pela coordenadora de comunicação do Instituto Recriando Débora Melo, com o apoio da professora de Língua Portuguesa Edriana Rocha, do assessor de imprensa do Grêmio A Voz do Estudante, Wilmarques, e da equipe diretiva da escola.

Os alunos tiveram a oportunidade de conhecer mais profundamente as diferentes formas de composição de programas radiofônicos e constataram na prática como isso acontece. A turma foi dividida em grupos que saíram pelos corredores e salas da escola em busca de conteúdos para compor uma programação de rádio, desde paródias musicais a entrevistas e atividades de locução, entre outras. 

sábado, 10 de dezembro de 2011

Paródia: Dia da Consciência Negra

Negro é a voz das culturas, manifestos e histórias que moveram várias revoluções
Negros que, ainda humilhados, vivem na esperança de um dia poderem sorrir
Esse sorriso é a alegria de viver na igualdade e na prosperidade
Mas, neste mundo que existe, mora o preconceito que impede a união
Em condição de escravos não quebraram suas culturas e sempre as cultivou
Eles só querem justiça, obterem seus direitos, ansiarem seus direitos

Negros que foram humilhados, nos engenhos de açúcar e nas guerras internacionais
Negros que foram comprados, foram mercadorias, visados como marginais
Hoje isso ainda existe. Os reflexos passados atormentam os irmãos
Em sociedade vigora exclusão do indivíduo que só quer ter o pão
Eles querem desfrutar de suas liberdades e de poucas conquistas
Mas, sempre de consciência, sem se prejudicar e sem prejudicar
Vamos vencer, libertas
Vamos vencer, libertas
Vamos vencer, libe...rtas.

Paródia produzida por Valmir  dos Santos do 2º A2

Letra original da música parodiada

Terra, planeta água (Guilherme Arantes)

Água que nasce na fonte serena do mundo e que abre um profundo grotão;
Água que faz inocente riacho e deságua na corrente do Ribeirão
Águas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias e matam a sede da população
Águas que caem das pedras no véu das cascatas, roncos de trovão
E depois dormem tranquilas no leito dos lagos, no leito dos lagos

Água dos igarapés, onde Iara, a mãe d’água é misteriosa canção
Água que o sol evapora, pro céu vai embora, virar nuvem de algodão
Gotas de água da chuva, alegre arco-íris sobre a plantação
Gotas de água da chuva, tão tristes, são lágrimas na inundação
Águas que movem moinhos são as mesmas águas que encharcam o chão
E sempre voltam humildes pro fundo da terra, pro fundo da terra
Terra, planeta água
Terra, planeta água
Terra, planeta á...gua.






domingo, 4 de dezembro de 2011

Cordel - Releitura de Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis

Memórias Póstumas de Brás Cubas


Com a pena da galhofa
Tenda da melancolia
Vou contar depois de morto
Como eu vivi um dia
Cumprindo uma obrigação
Que para o mundo eu vivia


Para não ser trivial
Como fui quando eu vivi
E por ser memórias  póstumas de Brás Cubas
Estou aqui
Trata-se da minha história 
Feita depois que morri


Morte que aconteceu
Num dia de sexta-feira
Às duas horas da tarde
Foi a minha derradeira
Na chácara de Catumbi
Onde vivi a vida inteira


Era o século dezenove
Agosto era o mês
O ano sessenta e nove
Idade sessenta e três
Com mais um dia onde estou
Escrevo isso a vocês


Separar-me da Marcela
Foi meu grande cataclismo
Fui fraco por não lutar
E por hora ainda cismo
Foi na Europa que assisti
O fim do Romantismo


Daí não levei a sério
Aquela universidade
Um aluno sem ciência
Cheio de mediocridade
O diploma para mim
Era a carta de liberdade


Isso quando me chegou
De meu pai uma notícia
Se não vieres depressa
Não acharás tua mãe viva
Quando ela lembra o reumatismo
Tem doença digestiva


Quanto à notícia, parti
Feito uma bala ligeiro
Pra poder ver minha mãe
Que me amou o tempo inteiro
A fim de achá-la ainda viva
Lá no Rio de Janeiro


Após oito ou nove anos
Cheguei e achei-a deitada
Aquela que quando fui viajar
Deixei sarada
E agora em uma cama
Bastante debilitada


Conheci uma moça muito ingênua
Cujo nome era Eugênia
Infelizmente era coxa de nascença
Isso muito me intriga:
Se bonita, por que coxa?
Se coxa, por que bonita?


Uma noiva arranjada
Pela minha família
Foi esse o meu caso
Com a querida Virgília
Pena que não era milionário
Foi por esse fato que fui trocado
Pelo Lobo Neves que era deputado


Seja de trezentos contos
Era a sobra do dinheiro
Deixada não sei para quem 
Porque morri solteiro
Apesar das aventuras... ufffa!
Não deixei nenhum herdeiro.


(Andreza e Juliane, 2ºA2)

"Memórias Póstumas de Brás Cubas" - PARÓDIA



Sendo um defunto autor, 
Brás Cubas relata a sua vida 
Em fatos irônicos


Tempos vividos marcados de histórias
Fatos, relatos sem nada de glórias
Mas nunca deixando a firmeza
De perseverar


Sempre foi rico, bercinho de ouro
Mas que tristeza, a sua riqueza
Não lhe satisfez o desejo
De  ter um bom êxito
Em seus contos amorosos, Brás Cubas,
Infeliz, não era de sorte
Na política, então, pura asneira
Coisa chata, mera distração


Brás Cubas decide escrever suas memórias
Sabendo que houve a ausência de glórias
E que seu desfecho era ter
Um mar de negativas


Porém, se saiu otimista dessa condição
Pois não transmitiu o legado
De sua miséria.
[Valmir e Danyllo, 2º A2]



Música parodiada: CHUVA DE PRATA, Roupa Nova

Se tem luar no céu
Retira o véu e faz chover
Sobre o nosso amor
Chuva de prata que cai sem parar
Quase me mata de tanto esperar
Um beijo molhado de luz
Sela o nosso amor
Basta um pouquinho de mel prá adoçar
Deixa cair o seu véu sobre nós
Oh, lua bonita no céu molha o nosso amor
Toda vez que o amor disser: Vem comigo!
Vai sem medo de se arrepender
Você deve acreditar no que é lindo
Pode ir fundo, isso é que é viver
Cola seu rosto no meu, vem dançar
Pinga seu nome no breu pra ficar
Enquanto se esquece de mim
Lembra da canção
(...)

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Uma viagem pelo mundo da leitura!

CONFIRA TODAS AS OBRAS LIDAS POR ESSA GAROTADA CHEIA DE ENERGIA E CRIATIVIDADE NA III PRIMAVERA LITERÁRIA DO CEMB! 





Aproveite para se deleitar com histórias tão envolventes!
Boa leitura!